Resumo: O corpo está por toda parte: ele é aquele que «está irreparavelmente aqui» onde estou, eu que não «posso me deslocar sem ele», já disse o filósofo. Talvez por isso mesmo seja tão antigo e tão insistente o movimento que, multiplicando as metáforas para dizer sua presença, visa de fato a maior parte do tempo seu ocultamento. Assim, se é possível falar aqui de uma cartografia, ela sem dúvida designará o intenso movimento filosófico de ocultamento do corpo, que paradoxalmente (...) dá a ver o que tanto se buscou evitar: é que o corpo sempre resiste, insistindo em se fazer disponível aos «mundos múltiplos e divergentes» que a cada vez a arte aproxima. Palavras-chave: Corpo. Movimento. Formação humana. Cartography of the body and unmanageability: The body is everywhere: he is «is irreparably here» where I am, for «I cannot move without him», as the philosopher said. Perhaps it is why this ancient and persistent movement that multiplies the metaphors to tell its presence seeks in fact its concealment most of the time. Thus, if it is possible to speak about a cartography, it will undoubtedly designate the intense philosophical movement of body concealment, which paradoxically hints at what it has sought so much to avoid: is that the body always resists, insisting on making itself available to « multiple and divergent worlds» which art approaches each time. Keywords: Body. Mouvement. Human Formation. Cartographies du corps et de l’ingovernabilité Résumé: Le corps est partout: « il est ici irréparablement» où je suis, car «je ne peux pas me déplacer sans lui», comme le philosophe l’a dit. Et c’est peut-être là la raison par laquelle, à force de multiplier les métaphores pour signaler as présence, ce que lui vise, finalement, la plupart du temps est bien son effacement. Ainsi, s’il nous est permis de parler de cartographie, elle devra sans doute désigner cet intense mouvement philosophique d’oubli du corps, qui finalement révèle ce qui l’on a tellement voulu éviter : car le corps résiste, à chaque fois, et qu’il insiste de se faire disponible aux «mondes multiples et divergents» que, à chaque fois, l’art rend présent. Mots-clés: Corps. Mouvement. Formation humaine. (shrink)

Este artigo tem como objetivo fomentar uma discussão teórica acerca das concepções de Estado e suas possíveis relações com a educação tendo como base os estudos de Hobbes e Rosanvallon. Para isso, apresenta uma breve historicização dos dois autores e discute a partir de uma análise comparativa de suas obras na perspectiva de apresentar oposições e aproximações entre seus conceitos. Conclui que ambos os pensadores, expoentes em suas trajetórias, contribuem com a compreensão acerca da formação e organização do Estado, Hobbes (...) defendendo o Estado protetor e Rosanvallon ressaltando a crise e possibilidades de superação do Estado-providência. (shrink)

Este artigo pretende analisar as interfaces da produção científica feminina no início do século XX com a constituição do espaço psi no Brasil, utilizando para tanto um artigo do periódico católico "A Ordem" e uma tese da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Para sermos mais precisos, nosso recor..

Este artigo tem com pano de fundo a controvérsia entre criacionismo e evolucionismo que ainda captura a imaginação de amplos segmentos religiosamente orientados, sobretudo nos Estados Unidos. Aqui destacamos as proposições elaboradas pela chamada Teoria do Design Inteligente (TDI). Essa teoria, que se apresenta como científica e desprovida de qualquer compromisso religioso, propõe demonstrar empiricamente que a complexidade observada na natureza, no universo e na vida, é resultante de um design genuíno, ou seja, produto de uma inteligência organizadora, e não (...) produto de processos puramente materiais e aleatórios, isto é, decorrentes do acaso, ou da seleção natural, tal como sugere o darwinismo. Neste artigo trataremos da emergência da Teoria do Design Inteligente e de seus principais argumentos, tal como elaborados por seus proponentes, estudados pelos seus analistas e confrontados pelos seus críticos, a fim de verificar se ela é considerada teoria científica ou uma variante mais sofisticada e atual do criacionismo cristão. Palavras-chave: Religião; Ciência; Criacionismo; Design Inteligente.This article has as a backdrop the controversy between creationism and evolutionism that still captures the imagination of large religious segments, especially in the USA. This text highlights the propositions drawn up by the so called Intelligent Design Theory. Such theory, which is presented as scientific and devoid of any religious commitment aims to demonstrate empirically that the complexity observed in nature, in the universe and in the life, is a the result of a genuine design. In this sense, it would be a product of an organizing intelligence and not a product of purely material and random processes resulting from chance, or from natural selection, as suggested by Darwinism. In this article, we will deal with the emergence of Intelligent Design and its main arguments, such as elaborated by its proponents, studied by its analysts and confronted by critics, to verify if it is considered a scientific theory or a more sophisticated variant of Christian creationism. Key-words: Religion; Science; Creationism; Intelligent Design. (shrink)

While firms' engagement with Corporate Social Responsibility has been associated with positive performance impacts, little is known about the incorporation of the United Nations 2030 Agenda into business practices. Precisely, although the literature suggests that firms are pursuing the Sustainable Development Goals (SDGs), there are limited insights on their strategy to implement them in the context of developing countries. To address this gap, we conducted a comprehensive large-scale investigation of 2030 Agenda adoption by Brazilian companies. Accordingly, the analysis of our (...) multicase study reveals (1) variations on the business opportunities brought by the SDGs depending on the firm position in the value chain, (2) which SDGs and target stakeholders are addressed through corporate policies and practices, (3) the different ways firms embrace the SDGs to pursue ambidexterity. Our findings clarify how firms in the developing countries interpret the institutional pressures and assemble their internal resources to respond to the SDGs challenges. Boundary conditions and policy implications are further discussed. (shrink)

A riqueza do debate ocorrido entre os filósofos Luc Ferry e Marcel Gauchet, em janeiro de 1999, deu origem a este artigo, em que os autores exploram os temas e as questões discutidas naquela ocasião. O artigo apresenta as diferentes posições dos dois pensadores franceses, cuja preocupação maior é pensar as condições de possibilidade da religião e do religioso nos tempos atuais. Tempos em que, segundo os debatedores, predomina a individualização da crença e nos quais a presença de uma religiosidade (...) sempre mais inquieta, difusa e incerta convive com o enfraquecimento institucional das religiões. Longe de desaparecer num universo cada vez mais laicizado, o religioso, como indagação sobre o sentido último da vida ou como aspiração ao absoluto, tende a permanecer como um substrato insuperável. Como, então, pensar o religioso após a religião? O texto apresenta as diferentes e divergentes posições de Ferry e Gauchet acerca da pertinência do uso de termos clássicos como "sagrado", "divino", "transcendente", dentre outros, para tratar os constituintes dessa religiosidade contemporânea e inquieta, própria de uma época na qual se torna impossível a edificação de um mundo de parte a parte estruturado pela religião e na qual o religioso impregnaria todos os setores da vida pública e privada. Palavras-chave: Religião; Religiosidade; Secularização; Autonomia; Heteronomia.This paper analyses the questions and problems that was discussed during an important debate between the French philosophers Marcel Gauchet and Luc Ferry, which take place at Paris on January, 1999. The paper discusses the different conceptions of these thinkers about the status of religion and the religious in nowadays. Days that witnesses the individualization of religious belief and the presence of a restless, uncertain and spread religiosity which however, lives side by side with an institutional weakening of the historical religions. Far from disappearing in a more and more laicized world, the religious as an inquiring about searching on ultimate sense for our lives seems to remain as a permanent individual issue. Nevertheless, how is it possible to conceive the religious after the deregulation of historical religions? Classical terms like "sacred", "divine", "transcendent" and "absolute" are sufficient to qualify and analyze the elements of this restless and uncertain religiosity, which seems to be constitutive of societies that do not need religious legitimacy anymore. Keywords: Religion; religious; secularization; autonomy; heteronomy. (shrink)

Este artigo tem como objetivo estabelecer as relações entre as habilidades sociais e as vivências acadêmicas necessárias à adaptação ao contexto universitário. A pesquisa foi realizada com 200 estudantes do curso de Psicologia de instituições públicas e privadas. Os dois instrumentos utilizados (IHS-Del Prette, 2001 e QVA de Villar, 2003) foram aplicados em conjunto em consonância com as normas do QVA. Os resultados permitem aÞ rmar que os alunos de instituições públicas apresentam melhor adaptação acadêmica do que os de instituições (...) privadas. Foram encontradas correlações entre adaptação acadêmica e habilidades sociais. Para os alunos de instituições públicas as habilidades sociais se relacionam principalmente com as dimensões pessoal e contextual e para os de instituições particulares, com a dimensão de realização. (shrink)

Este texto tem por objetivo abordar a educação de meninas, órfãs ou em situação de vulnerabilidade, que era efetivada no Asylo Coração de Maria, na cidade do Rio Grande/RS. Entre os elementos discutidos, estão a fundação da instituição e a sua rotina escolar. Como suporte teórico-metodológico evoca-se a História Cultural, visando a análise documental de jornais, livros de matrícula, regimentos e relatórios. Conclui-se que existiam tensões entre as normas e as práticas institucionais, bem como que o incentivo do ensino profissionalizante (...) visava proporcionar opções de vida às meninas para além do casamento e do cuidado do lar. (shrink)

Este trabalho teve como objetivo buscar evidência de validade convergente entre a Escala de Motivação para Aprendizagem em Universitários (EMAPRE-U) e a Escala de Avaliação da Motivação para Aprender de Alunos Universitários (EMA-U) e, também, verificar possíveis diferenças entre as variáveis sexo,..

A abstração da presença – a sublimação do corpo e a desconsideração dos sentidos – é, como diria Hans Gumbrecht, um dos efeitos da metafísica, pela qual realiza-se a “perda do mundo”, a radical descorporalização exigida pela razão moderna. Alimentada pelas concepções filosóficas da Modernidade, esta tendência foi constantemente enfatizada pelas teorias educacionais até hoje influentes nos meios pedagógicos, além de sedimentada pelas limitações próprias ao modelo escolar amplamente instituído. A crítica e a superação desse modo de ser configura-se hoje (...) como urgência eminentemente política de enfrentamento das múltiplas ameaças que pesam hoje sobre a sociedade brasileira, e particularmente sobre todos os grupos que fazem corpo contra a intolerância, contra o racismo, enfim contra o que Achille Mbembé denominou necropolítica. Mas, estaria a filosofia da educação preparada para enfrentar tal urgência? Palavras-chave: corpo-mundo; cosmopolitismo; filosofia da educação; decolonialidade; formação humana. Recovering the body-world Abstract: The abstraction of the presence – the sublimation of the body and the disregard of the senses – is, as Hans Gumbrecht would say, one of the effects of metaphysics, by which takes place the "loss of the world", the radical decorpocorporality required by modern reason. Fueled by the philosophical conceptions of Modernity, this tendency was constantly emphasized by the educational theories that are still influential in the pedagogical environments, being sedimented by the inherent limitations of the widely established school model. The criticism and the overcoming of this way of being is configured today as an eminently political urgency to confront the multiple threats to Brazilian society, and particularly to all groups that make body against intolerance, against racism, and finally against Achille Mbembé called “necropolitics”. But is the philosophy of education prepared to meet such an urgency? Key-words: body-world; cosmopolitanism; philosophy of education; decoloniality; human paideia. Récupérer le corps-monde Résumé : L’abstraction de la présence – la sublimation du corps et le mépris des sens – est, comme le dirait Hans Gumbrecht, l'un des effets de la métaphysique, par lequel s’opère la “ perte du monde “, la désincarnation radicale qu’exige la raison moderne. Nourrie par les conceptions philosophiques de la Modernité, cette tendance a été constamment mise en avant par des théories pédagogiques qui font encore autorité dans les milieux pédagogiques, en plus d’être sédimentée par les limites inhérentes au modèle scolaire largement établi. La critique et le dépassement de ce mode d’être se fait aujourd’hui une urgence éminemment politique, car il s’agit de faire face aux multiples menaces qui pèsent aujourd’hui sur la société brésilienne et singulièrement sur tous les groupes qui font corps contre l'intolérance, contre le racisme, bref, contre ce qu’Achille Mbembé appelle la nécropolitique. Mais la philosophie de l’éducation serait-elle en mesure d’étayer la réponse à une telle urgence? Mots-clés: corps-monde; cosmopolitisme; philosophie de l’éducation; décolonisation; formation humaine. Data de registro: 14/03/2022 Data de aceite: 20/07/2022. (shrink)

O texto seleccionado e que se apresenta agora em tradução portuguesa pode ser considerado como uma síntese exemplar das ideias de Hegel relativamente ao ensino da filosofia a nível secundário. Sobre a exposição da filosofia em Ginásios é um texto redigido como resposta a Immanuel Niethammer, na altura Conselheiro escolar da Baviera, que solicitara a Hegel uma apreciação sobre a reforma geral do sistema de ensino cuja aplicação estava em curso nas escolas bávaras e que tinha a sua expressão legal (...) no documento de 3 de Novembro de 1808, Allgemeines Normativ der Einrichtung der öffentlichen Unterrichtsanstalten [Directiva geral para a organização dos estabelecimentos públicos de ensino]. (shrink)

Criado em 2007, o Projeto de Extensão “Oficinas Itinerantes: recriando mundo(s)”, da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, campus de Poços de Caldas, é uma experiência indissociável de pesquisa, ensino e extensão. Com esse título “recriando mundos” buscamos expressar a própria experiência que nos tem sido possível vivenciar ao longo dos anos de realização desse projeto. Nossa experiência está teoricamente referenciada pela compreensão que os pensadores alemães Mestre Eckhart (1260-1327) e Martin Heidegger (1888-1976) apresentam acerca do que é o ser (...) humano em sua existência. Tal compreensão se exprime no fenômeno da serenidade ( Gelassenheit ), compreendido como um deixar ser o que simplesmente somos. As nossas pesquisas sobre esse fenômeno da Gelassenheit (serenidade) norteiam as relações que estabelecemos com a comunidade externa e nos levam a compreender que a existência do ser humano, na sua condição essencial, é uma existência compartilhada. O outro se impõe a nós sem que nós possamos deixar de ser solidários aos seus medos e angústias, pois esses mesmos medos e angústias são também possibilidades nossas. Essa relação de consideração faz de todos nós (professores, alunos, comunidade) solidários em nossa angústia existencial diante do inesperado, do desconhecido. É quando nós podemos nos visualizar, através do outro, naquilo que verdadeiramente somos e podemos ser. Palavras-chave: Solidariedade. Serenidade. Fazer artesanal. Formação humanística. (shrink)

O presente estudo tem como objetivo investigar como a diversidade afrobrasileira e indígena está contemplada na educação escolar, compreendendo que a escola é um lugar estratégico de articulação, um espaço para propostas de mudanças em relação a uma educação que respeite as diferenças e singularidades. A problematização se pautou na reflexão do livro didático, nos desafios e nas práticas dos professores, com o objetivo de analisar e compreender as mudanças e permanências, as inclusões e exclusões, os estereótipos, os preconceitos, a (...) visão etnocêntrica, as imagens, e os conteúdos que são veiculados na educação escolar. Quais representações e significados são veiculados nos livros didáticos e nas práticas dos professores, no sentido de perceber se estas questões levantadas contribuem para a ressignificação de uma educação escolar que estimule a formação de uma consciência histórica e cidadã. Utilizamos uma metodologia centrada em uma proposta investigativa crítica, com embasamento científico centrado em trabalhos de teóricos sobre a temática e, na compreensão de que o problema não se resolve com a criação de políticas de reparação das desigualdades, mas sim com ações incisivas para o tratamento e valorização da diversidade na escola. Das conclusões vimos que é relevante alterar valores, promover subsídios para que os profissionais da educação se insiram em um contexto de lutas mais amplo, em sintonia com o desejo por saberes diversificados, que vão além da disciplina escolar e do currículo, sabendo que não basta apenas denunciar e levantar dados. É fundamental a mobilização, o movimento, as ações coletivas, em um campo de luta em que a bandeira de combate ao preconceito e ao racismo seja permanente em todos os espaços, na escola, na sociedade e em toda a vida cotidiana. Palavras-chave: Educação escolar. Etnorracionalidade. Diversidade. Livro didático. (shrink)

It appears at least intuitively appropriate to claim that we owe it to victims to punish those who have wronged them. It also seems plausible to state that we owe it to society to punish those who have violated its norms. However, do we also owe punishment to perpetrators themselves? In other words, do those who commit crimes have a moral right to be punished? This work examines the sustainability of the right to be punished from the standpoint of the (...) two main theories of rights—the will and the interest conceptions. The right to be punished is shown to be largely indefensible on both accounts: on the will theory, the right to be punished conflicts with autonomy, and it can neither be claimed nor waived by a perpetrator; on the interest theory, a perpetrator’s interest in punishment, inasmuch as it exists, is not sufficient to ground a duty on the part of the state. (shrink)

What does a truly democratic experience of political action look like today? In this provocative new work, Adriana Cavarero weighs in on contemporary debates about the relationship between democracy, happiness, and dissent. Drawing upon Arendt's understanding of politics as a participatory experience, but also discussing texts by Émile Zola, Elias Canetti, Boris Pasternak, and Roland Barthes, along with engaging Judith Butler, Cavarero proposes a new view of democracy, based not on violence, but rather on the spontaneous experience of a (...) plurality of bodies coming together in public. Expanding upon the themes explored in previous works, Cavarero offers a timely intervention into current thinking about the nature of democracy, suggesting that its emergence thrives on the nonviolent creativity of a widespread, participatory, and relational power that is shared horizontally rather than vertically. From digital democracy to selfies to contemporary protest movements, Cavarero argues that we need to rethink our focus on individual happiness and turn toward rediscovering the joyful emotions of birth through plural interaction. Yes, let us be happy, she urges, but let us do so publicly, politically, together. (shrink)

O espelho da arte clássica se multiplicou em fragmentos e influenciou a arquitetura grega e seus desdobramentos, verificados no decorrer do que rotulamos chamar de história da arte. A arquitetura e o urbanismo praticados pelos gregos, e mais tarde pelos romanos, foi elemento de inspiração para personalidades de liderança e artistas nos grandes períodos históricos da humanidade, onde a cidade era tida como elemento principal da vida política e social dos povos. Do clássico ao neoclássico, o desdobramento inspirado na estética (...) da antiguidade chega ao Brasil através da corte portuguesa e se fortalece com a missão artística francesa, tornando-se uma característica estilística no Brasil do século XIX. Unir, portanto, esses fragmentos estilísticos em busca do verdadeiro reflexo clássico é o objetivo deste artigo. (shrink)

In this article, caring, remembering and sharing memory are presented as moral responses, the case study being Alzheimer’s disease (AD). Memory connects memories and images, while care connects individuals, which is an ethical issue. When a person’s memory is lost, the care of others becomes the only thread connecting them to the world. AD deprives a person of memories, body control, makes it impossible to remember, communicate, move, recognize the environment, and disrupts consciousness. Caring for a patient with a neurodegenerative (...) brain disease requires constant reminding and reiteration; the presence of a caring person reminds of what the patient themselves can no longer remember. Lost memories do not mean that life or relational values have also lost their meaning. The description of the memory movement emphasizes the importance of repetition in the moral act. Highlighting the matter of care, also in scientific work, is the aim of this text. To care is to remember, on behalf of the AD patient, about the patient’s life. Within bioethical research, moral responses are an important point for projects which seek to improve the condition of patients—not only the condition of health but also the comfort of life. This improvement will not be possible without attentive, committed caregivers and their responsible attitude in the face of the phenomenon of memory loss. (shrink)

In lieu of an abstract, here is a brief excerpt of the content:“A Child Has Been Born unto Us”Arendt on BirthAdriana CavareroTranslated by Silvia Guslandi and Cosette BruhnsIn The Human Condition, at the end of the dense chapter on action, Hannah Arendt reiterates that action, that is, the political faculty for excellence, “is ontologically rooted” in the fact of natality, “like an ever-present reminder that men, though they must die, are not born in order to die but in order to (...) begin” (Arendt 1998, 246).1 To reinforce this argument, Arendt compares action to miracles, and makes an interesting and, as we will see, somewhat perplexing reference to the Bible:[The miracle] is, in other words, the birth of new men and the new beginning, the action they are capable of by virtue of being born. Only the full experience of this capacity can bestow upon human affairs faith and hope, those two essential characteristics of human existence which Greek antiquity ignored altogether.…It is this faith in and hope for the world that found perhaps its most glorious and most succinct expression in the few words with which the Gospels announced their “glad tidings”: “A child has been born unto us.”(HC, 247)The citation is suggestive, but incorrect. In the Gospels, which do announce with true joy the birth of the child, the phrase as it is quoted here does not exist. It appears instead in Isaiah (9:6), translated into English both as “For to us a child is borne,” and, in the version of the King James Bible from which Arendt is plausibly drawing, as “For unto us a child is born.” The error, if indeed it is an error, is thus twofold (see Young-Ah Gottlieb 2003, 136ff.), since [End Page 12] both the passage referenced and the words cited are incorrect. That Arendt frequently cites from memory, and that the citations tend to be bibliographically incorrect, is known to her interpreters, but in this case the error ends up being quite significant. As is well known, the prophetic text carries a strong Messianic burden, and such a burden would trouble significantly the thesis that Arendt is here illustrating; the Gospels’ message creates instead fewer obstacles to her strategy of framing the meaning of birth within the mundane horizon that in her vocabulary takes the names of “world” or “worldliness.” Since “‘to live’ and to ‘be among men’” mean the same thing (HC, 7), the child, every newborn, that is, every human being that makes its entrance in the world, is not, according to the Arendtian vision, born to us, coming from elsewhere, but appears among us here. The scenario of birth, like that of action, whatever be the holy text that mentions or exemplarily validates them, is, for Arendt, a radically mundane scenario that does not call into question any transcendence or religious instance of salvation.Jewish, secular, and classically trained in Greek and Latin, Arendt, who had little familiarity with the Jewish language and tradition, met Christian thought primarily through Saint Augustine, to whom she dedicated her doctoral thesis (Der Liebesbegriff bei Augustin, published in Berlin in 1929 and then in English in 1996 as Love and Saint Augustine), and who remained a constant point of reference throughout her work. A phrase from Augustine—initium ut esset homo creatus est—present in the thesis, appears, in fact, in Arendt’s later texts, including The Human Condition, indeed with obsessive repetitiveness in reference to the category of birth.2 In her monumental work The Origins of Totalitarianism, published in 1951, a full seven years prior to The Human Condition, Arendt already writes: “Beginning, before it becomes a historical event, is the supreme capacity of man; politically, it is identical with man’s freedom. Initium ut esset homo creatus est, ‘that a beginning be made, man was created’, said Augustine. This beginning is guaranteed by each new birth; it is indeed every man” (Arendt 1973, 479). On the philosophically anomalous theme of birth, the contributions of the Christian tradition that Arendt does appreciate are predominantly two: the “glad tidings” that herald the coming of the child, and Augustine’s comments on the narrative of Creation.Natality, Birth, and the Human Condition of... (shrink)

A partir de imagens de crianças encontradas no cinema dos primeiros tempos, propomos uma reflexão sobre as relações entre a infância e cinema. Segundo Walter Benjamin (2009), tanto a infância quanto o cinema são invenções da modernidade: o conceito de infância como um período importante de formação do sujeito nasce de forma inseparável das tecnologias de produção e reprodução da imagem que nos dão a ver as crianças de uma forma inédita, primeiro na fotografia e depois no cinema. A partir (...) disso, nos perguntamos se seria possível pensar na “invenção” do cinema como também um gesto de infância? Nos propomos a pensar uma ideia de infância do cinema para além de um reducionismo teleológico. Para tanto, partimos de uma visão psicanalítica sobre o processo de entrada na linguagem, que coincide com o movimento de individuação do sujeito, na infância. A partir desta perspectiva, estabelecemos uma analogia entre a infância e o desenvolvimento do cinema como momentos igualmente marcados pela entrada na linguagem: de um estado atravessado fortemente pela visualidade, pela experimentação, pela descoberta e pela brincadeira, em direção a uma entrada no sistema simbólico estruturado da linguagem através de constantes negociações com as convenções e os limites do mundo adulto. (shrink)

Nos pouco mais de dois anos da gestão de Jair Bolsonaro, as questões ambiental e indígena e a Amazônia tiveram grande destaque entre os temas que mais mobilizaram ações de oposição ao governo, tanto em campanhas da sociedade civil em âmbito nacional e internacional, quanto em embates no Congresso Nacional e ações judiciais no Supremo Tribunal Federal. Neste texto apontamos alguns desses momentos, pontuando com o histórico de posicionamentos do presidente sobre essas questões ao longo de sua trajetória política, demonstrando (...) como sua visão conflita diretamente com as premissas da maior parte dos tratados internacionais, os fundamentos da Constituição Federal, o consenso científico e o histórico das políticas implementadas no Brasil nos últimos 30 anos. A partir da análise da política socioambiental para a Amazônia, é inevitável tratar do papel das Forças Armadas no atual governo, ainda que de modo superficial, sem a menor pretensão de esgotar todos os aspectos em que se relacionam. (shrink)

Esse artigo é uma breve análise sobre o problema do mérito como critério para a reciprocidade proporcional segundo Aristóteles.

This essay focuses on anthropomorphism as both a form of hype and fallacy. As a form of hype, anthropomorphism is shown to exaggerate AI capabilities and performance by attributing human-like traits to systems that do not possess them. As a fallacy, anthropomorphism is shown to distort moral judgments about AI, such as those concerning its moral character and status, as well as judgments of responsibility and trust. By focusing on these two dimensions of anthropomorphism in AI, the essay highlights negative (...) ethical consequences of the phenomenon in this field. (shrink)

At the very beginning of the history of philosophy, with Plato, we are told the strange story of some men dwelling in a cave and looking at shadows. Immobilized by chains since childhood for all their lives, they are forced to sit on the cave's floor and are impeded from standing up. Hence, whoever they are and whatever they do, the label Homo erectus as a general category denoting the vertical posture of the human animal is decidedly unfit for their (...) position. The strange story, however, goes on and recounts how one of them, by managing to get rid of the chains, for the first time rises to his feet. The familiar feature of Homo erectus, intended not as an extinct hominid species but as the postural human standard .. (shrink)

The paper examines the meanings of the notion of reform. Is reform an act or a process; what is an object of reform and how is it performed; is the scope of its performance limited or does it permeate deeper social structures? The approach to reform in this paper is genealogical, through the analysis of the processes of institutionalisation of the prison in Great Britain in 18th and 19th centuries. Although the elaboration of these processes revolves around a particular era (...) and place, this micro-sample gives rise to conclusions that surpass historically conditioned analysis. The aim of this paper is to show that reform has to be understood as an expression and effect of a profound transformation of the political, as well as the complex, multilateral and dispersive process which penetrates into and alters extant social relations. (shrink)

Este trabajo se centra en la gestión de los bienes naturales comunes, y desarrolla brevemente dos enfoques sobre el ambiente y su cuidado; destaca las ventajas de un enfoque interdisciplinario en la gestión comunal de los bienes naturales y en la consiguiente elaboración de políticas ambientales. Se analiza la gestión comunal de estos bienes comunes partiendo de la noción de responsabilidad fuerte, que cuestiona la concepción de las personas como agentes autointeresados, y se identifican requisitos ineludibles: adecuación a las condiciones (...) sociales y ecológicas de cada lugar, información completa y relevante, procesos democráticos de decisión y reconocimiento por parte de los gobiernos de la capacidad y el derecho de los usuarios de elaborar sus propias normas y monitorear su cumplimiento. (shrink)

This work employs Elizabeth Cripps’ collectivist account of responsibility for climate change in order to ground an individual duty to reduce one’s GHG emissions. This is significant not only as a critique of Cripps, but also as an indication that even on some collectivist footings, individuals can be assigned primary duties to reduce their emissions. Following Cripps, this work holds the unstructured group of GHG emitters weakly collectively responsible for climate change harms. However, it argues against Cripps that what follows (...) from this is a corresponding collective duty to act qua group to bring about an end to the harm and a derivative duty for each emitter to promote the required organization of a group capable of this. Instead, this work argues that acts of GHG emission, to the extent that they are avoidable and performed with requisite knowledge, make one into a member of a group that is morally responsible for climate-related harms. Thus, individual emitters who can do otherwise should recognize themselves as members of a group that collectively harms. Subsequently, they should take all possible steps in order to renounce their membership (e.g. by reducing their GHG emissions). (shrink)

What I would like to study is the presence of Cartesian manner of thinking in the Ricoeurian comprehension of subjectivity. I focus particularly on what is not saying expressis verbis in his argumentation. I do not say that the Ricoeurian conception of dialectical subject which is expressed as “oneself as another” places itself as continuation of the tradition of absolutization of cogito. By no means. Ricoeur’s investigation that pertains to subjectivity aims at elaborating its new formulation. Philosophy of Descartes might (...) be interpret in various ways not only as the synonym of “egology”. In my paper I indicate two formulas of ego which are included in Cartesian Meditations (ego cogito, ergo sum and ego sum, ego existo) that give rise to the different interpretations of ego. I analyse the Ricoeurian stance that relates to the consequences of introducing by Descartes the very formula ego sum, ego existo. In the second part I concentrate on issue on what sense rereading Meditations could be helpful in entering into discussion with structuralist critique of the subject. Also I get an approach to the theoretical framework of Ricoeurian argumentation which is established according to defend the subject. -/- W artykule staram się pokazać obecność elementów Kartezjańskiego sposobu rozumowania w Ricoeurowskim deklaratywnie „antykartezjańskim” ujęciu subiektywności. Nie twierdzę, że Ricoeur w proponowanej przez siebie koncepcji podmiotu dialektycznego wyrażonego jako "ten-który-jest-sobą-jak-i-innym" sytuuje sie po stronie tradycji absolutyzującej cogito. Moim celem jest przesledzenie tych momentów Ricoeurowskiej argumentacji prowadzonej na rzecz wypracowania nowej formuły podmiotowości, w których obecny jest (najczęściej implicite) wątek Kartezjański. W samej filozofii Kartezjusza obecna jest droga, która nie prowadzi do egologii. By pokazać dwie różne perspektywy odczytania Kartezjańskiego cogito, przywołuję dwie formuły: ego cogito ergo sum oraz ego sum, ego existo, by następnie poddac je analizie. W pierwszej cześci artykułu skupiam się na ukazaniu konsekwencji płynących z wykorzystania formuły ego sum, ego existo w dyskusji dotyczącej subiektywności. W drugiej cześci staram się dowieść, na jakiej drodze możliwe jest wykorzystanie Kartezjańskiej koncepcji podmiotu w konfrontacji ze strukturalistyczną krytyką podmiotu. (shrink)

ABSTRACT This article, about the Areruya religion of the Ingarikó people in the village of Manalai, located in the state of Roraima, Brazil, compares the discourse of two myths about the origin of the current Areruya. One of the myths was transcribed by Audrey Butt Colson (1960) in the 1950s, and the other by the anthropologist Maria Virgínia do Amaral (2019) between 2014 and 2017. The objective of comparing the two discourses was to present the articulations of each one for (...) a new cosmological and social configuration, following the arrival of the colonizer. To achieve this, we used the idea of the “in-between” from the studies of Homi Bhabha (1994) in The Location of Culture because it allows for the use of text analysis as discourse without fixing any intrinsic meaning to them, creating a sliding space. (shrink)

Neste artigo, partindo de uma análise dos conceitos de corpo e potência presentes nas filosofias de Nietzsche e Espinosa, objetivamos mostrar que ambos os filósofos, além de fazerem uma crítica aos valores transcendentes, afirmam a necessidade de criação de novos valores e mostram que para que uma ética afirmativa da vida seja possível há, antes de tudo, a necessidade do aumento de potência da totalidade corpo/ mente, obtido através de uma terapêutica fundada na dinâmica afetiva. Considerando que tanto Nietzsche quanto (...) Espinosa recorrem ao mesmo afeto, o da alegria, para a cura da impotência e apresentam uma terapêutica de caráter estritamente pessoal, recusando a criação de uma ética normativa, concluímos que uma terapêutica que objetiva realmente promover saúde deve ser um processo essencialmente afetivo, pautado em escolhas e ações salutares próprias, e não uma moralização dos atos da vida cotidiana, operada pelos manuais de psicologia do comportamento e de higiene coletiva. (shrink)

Este artigo apresenta o sentido da sinonímia entre potência da razão e liberdade humana na Parte V da Ética, a partir de uma análise de seu prefácio, axiomas e quatro primeiras proposições. No decorrer de nossa análise mostramos porque a potência da qual trata Espinosa não é a de uma vontade livre, mas se identifica à potência da razão ou intelecto em realizar um império sobre os afetos, sendo precisamente o exercício deste governo o que oferece sentido à idéia de (...) liberdade humana em Espinosa. (shrink)

Moral and political theories, insofar as they are based on the fragile life of human beings, usually incorporate a reflection on the role of uncertainty or contingency. The question remains however, how exactly do we experience ‘uncertainty’? Can it show us different faces, to which we then react in different ways? If so, what is the meaning of such multiplicity for the exercise of agency? Comparing Bergson’s inquiry into the modern belief in chance with Jean-Marie Guyau’s reflections on the love (...) of risk, I examine the moral significance of different ways of relating to uncertainty, and analyze their respective pedagogical purchase regarding the constitution of human freedom. When confronted with the unknown future, human agency gets easily trapped in the vicious and vertiginous circle of impotence and omnipotence. The contrast between Bergson and Guyau illuminates this problem, showing how our relation to uncertainty informs our identity, our capacity for action, and our sense of obligation. (shrink)

This article discusses a philosophical experience that occurred through observing and writing an account of a philosophy class with this question in mind: What can a literary work/reading evoke as an experience of thought in a philosophy class? We attempt to answer this by reflecting on how the act of literary reading can constitute a proponent bias to initiate an experience of thought, common thread of a dialogue that will drive the entire conversation. To this end, we dialogue and delineate (...) a parallel path, based on a comparison between the account of this experience in a municipal public school and the transformation/metamorphosis of a butterfly. We then seek to convey through poetic language a lightness, an invitation to fly, to enable us to leave the ground and inhabit the air that literally gives voice to a first grader, probably autistic, who had spent the last six months in regular classes, but who did not speak in public. We see experience as Larrosa does, as something that affects, that passes through, “this that happens to me,” while we adopt Kohan’s view of thinking in public schools as one of the mandatory paradoxes and primary purposes of education. In so doing, our goal is to present philosophy for/with children as a real possibility to enable leaving a cocoon, the bringing to fruition of a cycle of metamorphosis from childhood or from education itself in/to thought. This article thus argues in favor of the importance of philosophy in education, since it literally provides the opportunity to stimulate thought. (shrink)

Reflexionamos acerca del ejercicio de la crítica filosófica llevada adelante por Arturo Andrés Roig, a través del análisis de escritos suyos producidos con posterioridad a 1984, a su regreso del exilio. Focalizamos la atención sobre dos textos en los que el ejercicio crítico se articula entre el análisis del presente y la Historia de las ideas, considerando a esta disciplina también como una forma de crítica filosófica de lo que acontece, en la medida que permite incorporar en la mirada sobre (...) el presente esquemas categoriales legados por la propia tradición de pensamiento. Trabajamos en especial –aunque no exclusivamente– a partir de “Consideraciones para «una filosofía popular de la democracia»” (2002) y “Neoliberalismo y nuestra filosofía” (2011). (shrink)

Não se encontra nas Obras Completas de José Marti nenhum escrito sistemático sobre suas concepções de educação e filosofia, contudo e possível encontrá-las espalhadas em diversos textos: ensaios, crônicas, notas de jornais, discursos, cartas. Apesar disto, formam um conjunto coerente e articulado no qual se abordam os principais problemas pedagógicos com um olhar crítico e sustentado na realidade da America Latina e do Caribe. Este trabalho pretende esboçar uma sistematização dos principais problemas pedagógicos trabalhados pelo cubano com o propósito de (...) contribuir com um olhar crítico sobre o ensino de filosofia na nossa América. Enfatizamos os seguintes pontos: a) a caracterização da concepção martiniana de educação, b) a distinção entre educação a partir da experiência prática e verbalismo, c) diferença entre o ensino do que foi a filosofia e a "experiência" filosófica, d) a importância do pensamento reflexivo e crítico e e) o valor do diálogo intercultural ou a importância de "avançar com todos". (shrink)

En este ensayo, nos proponemos explorar los diferentes significados de los conceptos de vivibilidad y vida en el pensamiento de Judith butler. si bien es crucial para su obra temprana —butler se refiere por primera vez a este concepto en su introducción del libro, El género en disputa de 1999—, el concepto en sí emerge con más claridad y elaboración en su obra tardía. nuestra pregunta principal sería: ¿cuál es el hilo conductor que une las diferentes concepciones de vida en (...) el trabajo de butler? ¿cuáles son los lazos entre la vida abyecta, invivible, precaria, indolora, desechada y desposeída? De estas dos preguntas surgen otras más: como la cuestión de gradación de vivibilidad — qué vida importa, y “cuánto,” y cómo pensar este tipo de cuantificación de algo no-cuantificable—; y la cuestión de la universalidad. estas preguntas, obviamente, tienen que contar con evidencias bajo las cuales la vida es cualificada, calificada y contada como vivible. estas condiciones abarcan las normas que organizan las posibilidades de reconocimiento y los órdenes de reconocimiento tanto como la distribución diferencial de la humanidad. Y además engloban las maneras en las que estamos constituidos políticamente, pero también, las maneras en las que el “nosotros” se define como social y corporal. La cuestión de la vida vivible está, por ende, enmarañada con la problemática de la contraposición entre la voluntad individual y la idea del “nosotros”, que, como seres, necesitamos —en palabras de la propia butler— “para mantener y reproducir las condiciones de propia vivibilidad”. (shrink)